Wednesday, January 30, 2013

FLOPS

Olá a todos.

Recentemente, em um post, comentei sobre os supercomputadores.Eu deixei em aberto um termo, de cunho técnico, usado para medir a capacidade de processamento de um computador (tanto desktops como mainframes ou até simples calculadoras).

Esse termo é FLOPS (deveria ser grafado como FLOP/s ou FLOP.s^-1), e ele significa FLoating-point Operations per Seconds, ou Operações de Ponto-Flutuante por Segundo.Antes de mais nada, o que é
"ponto flutuante"?

Vamos usar a aproximação de π=3.1415 como exemplo de número.

Notemos que, em alguns dos países anglófonos, como os EUA, o ponto é o indicador de separação entre inteiros e decimais.Nós, ao fazermos contas na raça (ou seja, no papel), usamos o número da mesma maneira, para facilitar os cálculos.Todavia, para os computadores, é relativamente difícil querer representar 3,1415 dessa maneira.Você teria de definir um sistema que interpretasse o três como inteiro, e o 0,1415 como a parte decimal.Se elevássemos π ao quadrado, teríamos de converter parte do decimal para inteiro, o que seria ainda mais trabalhoso.

Ao invés disso, usa-se a notação científica.Por exemplo, 3,1415 e 31415 * 10^-4 são o mesmo número, ainda que representado de maneiras diferentes.O número de ponto flutuante é armazenado como dois números juntos, um representando a mantissa e o outro representando o expoente, ambos convertidos para binário.Para a execução de operações matemáticas, basta fazer a operação separadamente para a mantissa e o expoente, o que acaba facilitando o processo como um todo.Para os programadores Java, float e double são exemplos de variáveis de ponto flutuante, sendo que a diferença entre os dois é que o double fornece maior precisão em relação ao float.

Um FLOP representa, em grosso modo, uma operação matemática, algo básico para os computadores.Por representar uma operação matemática, podemos pensar que uma calculadora também é um computador, o que é é verdadeiro.A grande diferença é que a diferença dos FLOPS da calculadora para o computador é demasiadamente grande.Uma calculadora, para exibir contas instantaneamente para o usuário, deve ser capaz de executá-la em um tempo inferior a 0.1 segundo, o que faz com que uma calculadora deva ter no mínimo 10 FLOPS.

Um computador "normal" hoje, digamos um Core i3, pode chegar a 40 GFLOPS. (40 * 10^9 FLOPS).Um PlayStation 3, usado pela UNICAMP (se eu não me engano) e pelo Departamento de Defesa dos EUA para a montagem de clusters (redes fechadas de computadores para a execução de cálculos) pode chegar a 218GFLOPS.O maior supercomputador dessa época é o K Computer, um computador fabricado pela japonesa Fujitsu e que pode atingir 10.51 PetaFLOPS (1 PetaFLOP = 1 milhão de gigaflops, 10^15 FLOPS).

Até a próxima.

BOINC, Supercomputadores e Computação Distribuída

Olá a todos.

 Para você, caro leitor, o que é um super computador?

Não, não é um Core i7 com placas de vídeo de 2GB em Crossfire e um SSD de mais de 128GB.

Supercomputadores são computadores de alta capacidade de processamento e armazenamento. Eles possuem várias aplicações. Por exemplo, o ENIAC, a sua época (década de 40), era um super computador, que conseguia fazer 5 mil operações matemáticas por segundo e armazenar incríveis 198 bits, números irrisórios para a atualidade. A principal função do ENIAC era fazer cálculos a respeito de trajetórias balísticas, aproveitando o contexto militar no qual estava inserido.Graças a ele, cálculos que eram executados em 12h conseguiam ser feitos em menos de um minuto.

Seguindo mais para os dias de hoje, as principais aplicações dos supercomputadores encontram-se na meteorologia e na medicina. Na meteorologia, os supercomputadores são usados para a criação e execução de complexos modelos matemáticos que visam a previsão do tempo, além do estudo de previsões ambientais. O CPTEC (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos), instituição filiada ao INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais),  possui o Tupã, que possui capacidade de processamento de 258 TeraFLOPS.

Quanto a medicina, vale fazer uma breve explicação técnica sobre proteínas para destrinchar a função dos supercomputadores. Uma das substâncias que regem o funcionamento do nosso organismo são as proteínas, que são extensas cadeias de aminoácidos (que por sua vez são compostos baseados em carbono, oxigênio, hidrogênio e nitrogênio, simplificadamente). As proteínas, por serem moléculas muito grandes, podem assumir várias disposições espaciais, de acordo com as condições do ambiente no qual ela se encontra.

Para traduzir em miúdos, imaginemos uma "corrente inteligente", um monte de elos de metal unidos que podem modificar a sua própria organização.Podemos guardar uma corrente de várias maneiras.Podemos enrolá-la em torno de uma roda de carro velha, esticadas, dobradas...

Se quisermos fazer com que a corrente tenha um fim prático (por exemplo, conectar dois carros, ou alguma peça a um guindaste), precisamos usar cadeados.As proteínas possuem ligações entre trechos de sua molécula, que ajudam a manter sua forma, para algum fim.Pensemos nessas ligações como os cadeados.

Na Química, fatores como alterações de pH, presença de determinadas substâncias ou até aquecimento/resfriamento promovem a quebra dessas ligações.Observa-se aí que, a quebra das ligações ou a abertura dos cadeados, no nosso modelo hipotético, tira a utilidade da proteína.

Outra metáfora que podemos usar para descrever o comportamento das proteínas é a de uma chave (proteína) de Gálio, que deve abrir uma fechadura (ativar uma enzima). O Gálio é um metal com ponto de fusão extremamente baixo, de cerca de 30º C.Imagine uma chave feita desse material.Quando sólida, a chave poderia facilmente abrir uma fechadura, mas se qualquer um de nós a segurasse por muito tempo, teríamos Gálio líquido nas mãos, pois a temperatura corporal oscila entre 36º C e 37º C.Ou seja, o aquecimento da chave faz com que ela não consiga abrir a fechadura.

Esses e outros fatores podem ser previstos, ou melhor, calculados.Não são cálculos simples, mesmo para um computador relativamente bom (o Core i7 do qual falei). Para isso, são necessários os supercomputadores, que não são baratos.O Tupã, por exemplo, custou R$ 50 milhões.Isso torna o uso de um super computador algo relativamente inacessível a centros de pesquisa menores.

A solução encontrada para isso se chama computação distribuída.Basicamente, ao invés de termos vários computadores concentrados em um único local, existem milhares de computadores espalhados mundo afora, que, ao serem conectados a um servidor central, atuam como um só.Um dos exemplos de "servidores centrais" de computação distribuída são os do sistema BOINC, desenvolvido pela UC Berkeley, que permite a centralização de vários projetos, que usam do tempo ocioso de computadores para processar os dados que um supercomputador teria de processar.

Existem vários projetos nos quais podemos contribuir.Sobre as proteínas as quais eu comentei, um dos projetos principais é o folding@home (lê-se folding at home).Para os que gostam de coisas mais "paranormais", temos o SETI@home (onde SETI é Search for Extraterrestrial Intelligence), promovido através do BOINC.

Mais para frente, comentarei sobre o que é um FLOP e sobre o uso de PS3s para a formação de clusters.


Até a próxima.



Tuesday, January 29, 2013

Pais e Filhos

Olá a todos.

Andando pelo Youtube, encontrei esse vídeo.Trata-se de uma apresentação feita pela banda Legião Urbana (um dos excelentes representantes da música nacional), na qual Renato Russo comenta sobre o real significado da letra da música Pais e Filhos.Vale a pena assistir.





Até a próxima.

Monday, January 28, 2013

Softwares para Matemática

Olá a todos.


Como uma pessoa que gosta bastante de matemática, procurei (e encontrei) alguns softwares interessantes, que ajudam a fugir da calculadora do Windows ou do celular.


wxMaxima


Screenshot do wxMaxima no Windows 7.Fonte:Sourceforge

O wxMaxima é um programa gratuito, que serve como interface para a engine Maxima, que é um sistema responsável por efetuar cálculos algébricos.Algumas das funções especiais do wxMaxima são a plotagem de gráficos em 2D ou 3D, além de permitir a solução de problemas e o uso de Derivação e Integração de funções.Pelo que pesquisei sobre o wxMaxima, existem até plugins para exportação de cálculos matemáticos para FORTRAN (linguagem da década de 60 amplamente usada pela sua versatilidade com cálculos matemáticos).



Screenshot do Crispy Plotter no Windows 7.Fonte:Sourceforge

Podemos considerar o Crispy Plotter como uma versão bem mais simplificada do wxMaxima.E ressalte o bem mesmo, pois esse programa, que é open-source, possibilita apenas a geração de gráficos.Ele é uma excelente ferramenta para aqueles momentos em que precisamos plotar gráficos rapidamente, além de ter uma interface clara (ao contrário do wxMaxima, que pode repelir usuários menos avançados).Outro fator interessante é que o Crispy Plotter permite salvar as funções e cálculos realizados.



Screenshot do Math.Fonte:Wikipédia.

O Math é um editor LaTeX. Traduzindo em curtas linhas, ele possibilita a geração de fórmulas matemáticas em um bom formato, amplamente usado em trabalhos acadêmicos e na própria Wikipédia (sem brincadeiras). Não é tão difícil de usar. Para baixar o Math, é necessário baixar a suíte Open/Libre/BROffice, o que também é uma boa dica.




Screenshot do Algeo Graphing Calculator.Fonte:Play Store.

Se eu tinha comentado que o Crispy Plotter era uma boa solução para plotar gráficos rapidamente, o Algeo Graphing Solution também pode ser considerada uma boa solução para tal. A diferença é que o Algeo é um aplicativo para celulares Android, como se pode ver no screenshot acima.Ele está disponível gratuitamente na Play Store.



Apesar de não fornecer a plotagem de gráficos, o RealCalc é uma excelente calculadora científica para Android, igualmente disposta gratuitamente na Play Store. Um dos seus diferenciais é a disponibilização de uma série de constantes físicas e química (como a aceleração gravitacional ou o número de Planck).



Até mais.

PS:Para maiores detalhes, clique no nome do software.



Sunday, January 27, 2013

Thursday, January 24, 2013

A informática em 2002

Olá a todos.

Nota:Para entrar no clima de nostalgia, assista esse vídeo: 

Espero que você saiba dizer do que se trata :D

Estive olhando algumas revistas antigas que tenho em minha casa, quando achei esse exemplar da INFO, de Fevereiro de 2002.

A capa

Como toda área tecnológica, a Informática alterou-se drasticamente com o passar do tempo. Caso você não saiba do que se trata o vídeo que postei no início desse post, é o som de início de conexão de internet discada (Discadores gratuitos, conexões a noite e de madrugada, 6KB/s era pretexto para se gabar, ou seja, tempos bons que felizmente não voltam mais).

A Palm, por exemplo.Antes do aparecimento da primeira versão do iPhone, a Palm já comercializava seus palmtops com câmeras, armazenamento SD, reprodução de MP3, e principalmente telas touchscreen, usadas com a simpática canetinha stylus que acompanhava cada Palm. Hoje em dia, ninguém ouve mais falar de palmtop. O mais perto que se chega é um smartphone, quando não o iPhone.


Essa matéria, na revista, mostrava 40 aplicativos ou dispositivos que serviriam para dar algumas funções a mais para o Palm (que de fábrica vinha apenas com um editor de planilhas e despesas, fora um browser, a câmera digital, quando presente, e a entrada SD). Basta trocar Palm por iPhone, que é possível ver que a situação não mudou tanto. Temos bases com bateria auxiliar, além de programas e dispositivos auxiliares. O teor do software/hardware muda levemente, afinal, o público alvo do palmtop era composto por executivos e empresários que precisavam de uma agenda eletrônica (outra coisa do passado) mais desenvolvida. Um palmtop não era uma coisa que se pensava em ver na mão de uma criança. Já vi crianças com iPhones na mão.

(Nota:Um dos dispositivos que mais me chamou a atenção nessa reportagem era uma impressora portátil, que imprimia no formato A6, metade da metade de uma folha A4 sulfite.Teremos a iPrinter?)


Vamos dar seguimento a essa retrospectiva embalada pelo som nostálgico dos discadores.



 Lembro me bem quando os pen drives de 1GB custavam cerca de R$80. Era uma novidade, assim como todo artefato tecnológico no começo de sua vida comercial. O que se mostrava mais acessível nessa época eram os reprodutores baratos de MP3, que tinham o formato de um pendrive e armazenavam incríveis 256MB.É possível observar a influência do disquete como padrão de armazenamento portátil na propaganda (afinal de contas, não é fascinante passar de 1.44MB para 64MB?).

Aproveitando a deixa do armazenamento, temos a promessa de armazenamento ilimitado (como no Yahoo Mail) ou quando não ilimitado, com contínua expansão (como o GMail).E em 2002?Vejam essa avaliação:



Netscape? Alguém se lembra do Netscape Navigator?E, de graça, temos 1MB de armazenamento.Dá para armazenar três powerpoints chatos enviados por algum contato.Como evoluiu-se em 11 anos.Nessa época, armazenar arquivos em e-mail e usar o e-mail no browser para comunicação instantânea era um sonho.E falando em IM, olhe o que achei:


Nessa época eu não utilizava programas de IM, e o Skype seria visto como uma reinvenção da roda (afinal de contas, para que usar um computador para falar com outra pessoa através da internet discada?). A AOL ainda era uma empresa de porte considerável no Brasil e o ICQ ainda era amplamente usado.ICQ!

Em um post falando sobre a tecnologia, não posso deixar de falar da questão dos preços e dos próprios avanços de hardware.Vamos observar esses anúncios de micros da antiga Compaq, quando era uma empresa independente.Saudosas épocas onde os sonhos das demais crianças era ter algum brinquedo em especial, e o meu sonho era ter um notebook da Compaq ou um Thinkpad da IBM...






Pentium III, 1Ghz.256 de RAM.30GB DE HD!Meu Deus, tem um LEITOR de DVD!Com Windows 98 ORIGINAL! A época, seria algo que deixaria um Sony Vaio no chinelo.





Esses daqui são os mais "acessíveis".Custam entre 4500 e 3700 reais, mas não devem ser desprezados. 800Mhz não era processador para se jogar fora.Fax modem (o dispositivo usado para acessar a internet) então, era algo para se destacar.O primeiro está piorzinho, afinal, meu pendrive tem hoje 8GB. No segundo, provavelmente a empresa compadeceu-se do rico (R$ 4400 é dinheiro, e não é pouco) coitado, e o presenteou com mais 64MB de memória RAM.






Alguém se lembra desse carinha? Quando criança, achava muito legal esse computador, principalmente o seu desenho:



Agora, para fechar com chave de ouro, um dos jogos que mais marcou a vida das crianças que acessavam as Lan Houses:


Da época na qual se originou, o Counter Strike é um dos poucos softwares (fora o XP, talvez) que ainda continua popular. Quem possui steam (ou até quem não tem conta) pode observar que existem milhares de servidores de Counter Strike 1.6 (que mostrou-se um dos melhores), ora lotados, ora com um bom número de jogadores. Uma coisa que eu gosto do velho e bom CS é que ele é um jogo legal que não exige muito hardware para rodar. 

Em suma, o CS foi um jogo que permitiu a quebra do ciclo vicioso "melhora o hardware, melhora o jogo", que tende a ferrar com a vida dos jogadores menos abonados (nota-se alguma semelhança com a política do café com leite?). Joguei CS tanto em um Pentium 3 de 700Mhz, com 256MB de RAM e um HD de 80GB (que a época era algo considerável), como com o meu micro atual, um Core i5. Ou seja, o CS foi um jogo relativamente democrático, onde pessoas das mais variadas condições, seja com PCs preparados, seja em Lan Houses, poderiam jogar juntos e experimentar o clima dos jogos multiplayer.


Saudosa Lan House, Lan House querida.....


Essa reflexão acerca do CS fica para depois. Até mais!










Wednesday, January 23, 2013

Hospedagem gratuita, sem propaganda?

Olá a todos.

Desde que aprendemos as primeiras tags do HTML, editadas pacientemente no Bloco de Notas do Windows, pensamos em ver as primeiras páginas que criamos, ou seja, páginas sem CSS, sem Javascript, sem animações em Flash, repletas de frames e gifs, como algumas das piores páginas do finado Geocities, do Yahoo (Geocities fica para outro dia), em um navegador.

Para os que não migraram para os blogs, por uma questão de praticidade, o jeito foi procurar serviços de hospedagem gratuita. Muitos deles eram (e ainda são) sinônimos de propagandas junto as páginas.Nada contra essa prática (afinal de contas, almoço grátis não existe), mas para quem quer desenvolver algo mais profissional, ou até monetizar o fruto das suas horas de código, fica difícil.

Nessas andanças, achei um provedor de hospedagem gratuito extremamente interessante, o $0.00 Webhost Uma coisa que me atraiu bastante com o $0.00 Webhost são os recursos fornecidos.Cada site do provedor tem direito a 5 contas de e-mail, domínio gratuito (não espere um .com, .net), bancos de dados baseados em MySQL e PHP. Como eu estava programando em PHP a época, pensei "é esse.".

Ele exibe propagandas nas páginas do seu site?NÃO!Concordo que é curioso, mas pelo que eu entendi do site, eles fornecem tanto uma opção paga (menos de US$ 5 por mês) com mais recursos, incluindo suporte a Ruby On Rails e CGI, por exemplo, além do tradicional suporte por telefone.

Quanto ao uptime, eles afirmam que fornecem 99% de uptime para os clientes do plano gratuito e 99,9% para os clientes do plano pago. Segundo eles (e essa página), eles cumprem esse requisito. Não que para mim faça tanta diferença (em um mês, 0,9% a mais de uptime representaria 6h de quedas a menos), mas não deixa de ser uma boa constatação.

Aos amigos programadores/webdesigners, fica a dica! Você pode acessar o 0.00 Webhost através desse link.



Até a próxima.

Como engraxar sapatos

Olá a todos.

ATENÇÃO:Esse tutorial foi feito com o intuito de ajudá-lo a engraxar seus sapatos.Qualquer problema causado pelo engraxamento inadequado é de responsabilidade da pessoa quem engraxou.Siga esses passos por própria conta e risco.
Em curtas linhas, se você fizer noobice, a culpa não é minha.


Nesse post tentarei explicar como se engraxa um sapato.Pouquíssimas pessoas fazem isso hoje em dia, principalmente devido a popularização dos tênis. Engraxar sapatos de couro é uma prática que ajuda na conservação do sapato, principalmente na parte estética, deixando o sapato mais bonito.

Para engraxar um par de sapatos, são necessários os seguintes materiais:




  • Uma escova de dentes velha
  • Graxa para sapato (também conhecida como pasta para calçados)
  • Uma escova própria para sapatos 
  • Um pedaço de pano liso, como uma camisa velha. (Não aparece na foto, mas...)
Munido desses materiais, temos os seguintes passos:

Limpar os sapatos

Para limpar os sapatos, use a escova para sapatos, e retire do sapato qualquer tipo de sujeira visível.Esse procedimento deve ser feito em toda a área que será engraxada.Não é necessário aplicar muita pressão na escova, bastando passá-la de leve na superfície do calçado.

Engraxar

Devemos pegar a escova de dentes velha e a graxa para sapato para esse passo.A graxa de sapato que uso possui aspecto de um sólido amolecido (menos duro que a parafina, mas não chega a ser algo líquido):


Passe a escova na graxa, aplicando uma leve pressão, para impregná-la de graxa.Depois, cubra as áreas a serem engraxadas com a graxa, passando a escova.Ao passar a graxa no sapato, deve-se observar que a superfície engraxada fica um pouco menos brilhante, reflexiva:


Esse procedimento deverá ser feito para toda a área a ser engraxada.


Primeiro Polimento

O primeiro polimento do sapato engraxado é feito com a escova para sapatos, passando-a na superfície do sapato da mesma maneira como se fez na limpeza, levemente e abrangendo toda a superfície.Ao final dessa fase, já será possível observar certo brilho no sapato.

Lustrar

Para lustrar o sapato, deve-se usar o pano velho mencionado na lista de materiais, e fazer um movimento semelhante ao da limpeza e do primeiro polimento, usando-o.O sapato deverá apresentar maior brilho.


Findos esses quatro passos, o seu sapato estará engraxado.

Valem algumas dicas:

  • Até onde eu sei, só podem ser engraxados sapatos de couro, ou partes de couro em sapatos compostos.
  • Cheque antes do primeiro polimento, procurando por eventuais falhas de deposição de graxa ou áreas não cobertas (como os pontos cinza a esquerda do balão, na foto acima).
  • Deixe os seus sapatos secando por um tempo antes de voltar a usá-los.Isso ajuda a preservar a graxa do sapato.
Até a próxima!



Tuesday, January 22, 2013

Resistor de Grafite

Olá a todos.

Em uma de minhas várias andanças pelo youtube, achei o vídeo ao lado.

Em linhas curtas, o autor do vídeo explora as propriedades condutoras da grafite, a fim de fazer pequenos circuitos elétricos.

Interessado pelo vídeo, decidi tentar fazer algo do tipo em minha casa.Não cheguei a construir um circuito propriamente dito, mas digamos que eu estudei um pouco das propriedades condutivas da grafite (sim, grafite escreve-se como feminino).


Primeiramente, eu fiz alguns rascunhos, usando lápis de vários tipos.Usei os lápis 6B,4B e 2B, além de dois tipos de HB.Um HB da Faber Castell, comprado recentemente, e um HB sem marca, ganho de brinde em um vestibular.

Como inicialmente pensei em estudar a resistividade da grafite, criei várias áreas determinadas no papel ( de 1cm de altura por 6cm de largura cada), preenchendo-as com cada tipo de lápis e usei um multímetro (na verdade um ohmímetro) para medir a resistência de cada trecho.A fim de garantir uma cobertura uniforme, passei os lápis em cima das respectivas áreas até não perceber mais alterações significativas na cobertura ou na leitura do ohmímetro.

Encontrei algumas coisas curiosas, conforme vocês podem constatar na figura abaixo:

Desculpem a letra.

Primeira curiosidade:A resistividade de cada tipo de grafite não aumenta de acordo com uma sequência linear.

Como o "número" do lápis é dado de acordo com a tonalidade da grafite usada, pressupõe-se que devem haver níveis de pureza da grafite usada (a fim de ter uma grafite preta como carvão, pura, ou de ter uma grafite não tão pura, mas que deixe a sua marca no papel, como acontece com os lápis HB).Isso não parece acontecer, pois a condutividade não aumentou em uma sequência bem definida.

Segunda curiosidade:O mesmo tipo de lápis pode apresentar diferentes condutividades.

Quando terminei de fazer os testes, decidi verificar se não estava medindo a condutividade do papel por acidente.Depois de medir a condutividade do papel (que mesmo com o ohmímetro na marca dos 200  Megaohms, passou da escala), pensei em testar com outro lápis que tinha em meu estojo, também HB, mas da Faber Castell.A diferença é considerável.O HB sem marca conhecida (ganhei de brinde quando fiz uma visita na casa da Dona FUVEST) apresentou nesse trecho uma resistência de 13 Megaohms, enquanto o Faber apresentou 2,2 Megaohms).

Com esses dados em mãos, pensei em desenhar resistores funcionais.Seria interessante que, com um lápis, um pedaço de papel e um multímetro (menos de R$25), fosse possível o estudo da eletricidade, um curioso experimento de física:


Sem grande esforço, consegui medir resistores desde 15 Kiloohms até 18 0Kiloohms, desenhando-os no papel.Em série, os resistores desenhados apresentaram performance próxima a esperada, vide a única ligação em série presente na ilustração, que deveria ter uma resistência teórica aproximada de 330 Megaohms (sim, a figura está errada), tendo sido aferidos 350 Kiloohms.

Em paralelo, todavia, a diferença entre o valor teórico e o prático foi mais evidente.Por exemplo, nas duas associações em paralelo presentes no canto inferior direito da imagem, deveriam ter sido aferidos como valores de resistências resultantes 54,5 Kiloohms e 6,9 Kiloohms.Todavia, foram medidos 152,3 Kiloohms e 14,5 Kiloohms.

Possivelmente isso se deve ao fato de que, ainda que a grafite seja condutora de eletricidade, ela não é um dos melhores materiais condutores (até porque, se fosse, lápis seriam usados para fazer cabos de eletricidade, não para serem gastos em papéis). Isso faz com que a resistência da associação seja ampliada, de maneira indesejada.

Agora, vocês possivelmente devem ter observado que um dos resistores está levemente manchado na figura. Como estava buscando alguma aplicação prática para isso (e barata), achei uma pequena lâmpada de 5W (a 127V) e um pequeno soquete.Tentei fazer com que houvesse passagem de corrente pelo resistor desenhado, sem sucesso.Por acidente, aproximei os dois terminais da lâmpada perto da região queimada, e o arco voltaico gerado queimou parte do papel, gerando um pequeno buraco.

Porque a grafite conduz eletricidade? Bom, digamos que essa é uma questão mais para a química, pretendo destrinchá-la mais a frente.


Até mais!





Monday, January 21, 2013

Sejam bem vindos!

Boa noite, caros leitores!



Sejam bem vindos ao meu novo blog, o meu playground.Como vocês podem deduzir, meu nome é Rafael.


Aqui vocês encontrarão textos dos mais variados tipos.Resenhas, opiniões, dicas, conteúdos escolares, crônicas...de tudo um pouco.





Obrigado pela atenção.